terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Defunto

  Ainda meio sonolenta, acordei com o barulho insistente da campainha, consultei o relógio de cabeceira, mas não enxerguei nada, passei as mãos no criado mudo e  não conseguia achar meus óculos, então fui ao banheiro, lavei e enxuguei o rosto às pressas. Caminhei em direção à porta, estava muito difícil destrancá-la. Quando abri, corri o olhar e constatei que não havia ninguém, resolvi dar uma olhada no chão e me deparei com um corpo. Abaixei-me, toquei com os dedos, percebi que era um cadáver, pois estava frio e rígido. Fiquei tão apavorada , fiz um escândalo terrível, que as janelas da favela foram se abrindo e os curiosos surgindo. A minha varanda rapidamente encheu de gente ao redor daquele presunto, fazendo muitas perguntas. Não sabia o que fazer! Até que alguém gritou:
  ___Chame os "homens"...!
  Corri para o telefone, liguei para a central da polícia pedindo ajuda. Quando chegaram, foram averiguar e constataram que não
 se tratava de um defunto e sim de um ébrio, que passou à noite toda na balada, tomou "todas", não conseguiu encontrar o caminho de casa , entrando em coma alcoólico, errando de endereço e provocando toda essa confusão. 
 
Autora: Vera Lucia Taskeveski de Fávari

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