Nunca fora de achar nada, mas não é que naquela manhã, o destino resolveu pregar-lhe uma peça.
Como de costume, levantou-se, escovou os dentes, lavou o rosto, tomou seu café sossegadamente, e como ainda era cedo, aproveitou para ler mais um conto do livro Histórias Extraordinárias de Edgar Alan Poe, seu autor favorito, depois vestiu-se para ir ao trabalho.
Abriu a porta, já ia saindo, quando deparou-se com um homem caído a sua porta.
- Ah, não! Essa hora da manhã e este vagabundo caído de bêbado!
Chutando-o com o pé, disse:
- Levanta vagabundo! Vai Trabalhar!
Notou que o homem não se mexia e ao tocá-lo, percebeu que estava morto, então revoltou-se:
- Que droga de vida! Nunca encontrei nada, e agora, ao invés de dinheiro, jóias, algo de valor, encontro um cadáver? Desgraça! De que me serve um cadáver?
- Esse filho da ... tinha que morrer bem aqui? Bem na hora em que eu ia sair para trabalhar!Que Merda!
- Nunca tive sorte mesmo! Porcaria!
E continuou a reclamar...
Depois de passar um bom tempo lastimando-se da má sorte que tivera, ligou para o disque denúncia, informou sobre o cadáver e saiu normalmente.
Durante o percurso não cansou de repetir que além de tudo ia chegar atrasado ao emprego e isso seria descontado do seu salário.
Autora: Daniela Souza Maciel
Autora: Daniela Souza Maciel
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